O arquivo de Daniela Catrileo em Chilco: língua, deslocamento e a cosmovisão mapucheo
Palavras-chave:
arquivo, Chilco, Daniela Catrileo, literatura mapuche.Resumo
Este trabalho propõe uma abordagem à configuração do arquivo no romance Chilco (2023) de Daniela Catrileo, com o objetivo de analisar o arquivo mapuche como um espaço em tensão, onde a recuperação da memória ancestral enfrenta as marcas persistentes do colonialismo. Materiais e métodos: Na nossa análise, utilizamos, a partir de uma leitura crítica, as noções sobre o arquivo apresentadas por Jacques Derrida no seu estudo Mal de arquivo. Uma impressão freudiana e por Achille Mbembe em «O poder do arquivo e os seus limites». Resultados: Os resultados revelaram, através da ficção literária, a impossibilidade de configurar um arquivo mapuche «autêntico», que não esteja permeado pela influência colonial. Discussão: No romance, a escritora mapuche propõe um arquivo alternativo que tenta desafiar a violência seletiva do arquivo dominante e, para isso, articula uma dualidade entre arquivo hegemónico e contra-hegemónico. Conclusões: Perante uma estrutura narrativa que mostra a representação do arquivo em tensão, o arquivo mapuche se erige então como incompleto e fraturado, impossível de ser configurado como «autêntico», por estar permeado pelas estruturas coloniais.
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