Desenvolvimento de projetos sociais na Colômbia: desafios e perspectivas para sua implementação

Resumo

A formulação e implementação de projetos na área das ciências sociais busca abordar os problemas enfrentados por uma comunidade por meio do desenvolvimento de uma série de ações de forma organizada e sistêmica. Assim, para a execução desses projetos, são alocados recursos, que serão investidos considerando estudos previamente realizados que devem determinar sua viabilidade e exequibilidade. Nesse sentido, o objetivo é que os recursos sejam geridos de forma transparente e obedeçam a critérios técnicos, obtendo o maior benefício possível para a sociedade e, em particular, para a população-alvo. Além disso, a dinâmica econômica atual é caracterizada pela globalização, que trouxe um alto grau de interconexão entre os países. No entanto, isso também reflete a incerteza vivenciada globalmente devido a conflitos geopolíticos, crises econômicas, flutuações no valor do dólar ou do euro, entre outros. Portanto, é importante entender que qualquer evento externo pode afetar o desenvolvimento normal dos projetos; por exemplo, o valor de máquinas, equipamentos e suprimentos pode ser afetado, ou os materiais necessários podem se tornar escassos, entre outros possíveis impactos. Da mesma forma, existem muitas variáveis ​​ambientais difíceis de prever e que afetam o andamento dos projetos sociais, como desastres naturais, disseminação de vírus, terrorismo e eventos imprevistos que geram calamidade pública. Nesse sentido, corroborando o que foi afirmado anteriormente, Velasco (2019) afirma que os projetos não podem ser pensados ​​como coisas isoladas, que não são influenciadas pelo seu entorno. O empoderamento dos atores sociais é apresentado apenas na teoria, pois na prática o que fica evidente é que os grupos de poder criados, sejam eles as unidades executoras dos projetos ou aqueles dentro da comunidade (líderes), estabelecem as bases para o que deve ser feito. Ou seja, a comunidade é consultada para cumprir os requisitos legais, mas os projetos que atendem a interesses particulares são executados. O exposto contrasta com o proposto por Baca e Herrera (2016), que argumentam que os projetos locais e comunitários, quando formulados estrategicamente e com a participação das pessoas que vivem no espaço geográfico a ser intervencionado, permitem verdadeiras mudanças estruturais que resultam em notável bem-estar.